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O impacto da pandemia no meio ambiente


À medida que a pandemia de coronavírus espalha em todo o mundo, ameaçando vidas e a economia mundial, um efeito colateral inesperado tem sido relatado em todo o mundo.

Diminuição da poluição atmosférica em grandes cidades, águas mais limpas, passagem incomum de animais silvestres em centros urbanos, praias vazias com tartarugas desovando em massa. Essas e outras consequências da redução da circulação humana e o seu impacto no meio ambiente têm sido noticiadas durante a pandemia e são importantes para reflexões sobre as questões ambientais no planeta.


Melhor Qualidade do ar

Imagens captadas pelos satélites da NASA mostram a visível diminuição da poluição atmosférica ao redor do mundo. Com a parada de diversas fábricas e a diminuição abrupta dos meios de transportes individuais e públicos, as emissões de dióxido de carbono chegaram a diminuir em até 25% na China, de acordo com estudos realizados pelo Cefet-MG (Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais).

Pela primeira vez em cerca de 80 anos, a montanha Dhauladhar, que faz parte da cordilheira do Himalaia, pôde ser avistada novamente na Índia. Esse fenômeno ocorreu devido à queda da poluição atmosférica pela diminuição da produção nas fábricas e o trânsito reduzido na quarentena


"Nunca vi Dhauladar se estendendo desde o telhado da minha casa em Jalandhar ... nunca poderia imaginar que isso seja possível ... indicação clara do impacto que a poluição causou por nós à Mãe Terra.. está é a vista."
- Relata o jogador de críquete indiano 
Harbhajan Turbanator. 

Vantagens para a fauna

Alguns animais podem se beneficiar de forma mais imediata, como aves voltando a nidificar em certas áreas ou peixes reocupando canais outrora poluídos, mas mesmo a natureza dando mostras de reparos, isso não significa dizer que esteja se recuperando”, pondera a bióloga Lilian Hoffmann.

Locais antes dominados pela presença humana agora estão dando passagem para animais silvestres como onças-pardas, coiotes e perus nos Estados Unidos, javalis na Espanha, leopardos em vários locais da Índia, cervos no Japão, todos exemplos das recentes aparições registradas em área urbana. E não é apenas a visita desses animais em locais bem urbanizados que tem sido notada.


A fauna ainda está se beneficiando de outras formas por causa da redução na circulação de pessoas durante a pandemia. Um bom exemplo são diversos relatos sobre tartarugas marinhas desovando em massa nas praias vazias, inclusive no Brasil. Até mesmo animais cativos estão sendo favorecidos. Depois de quase 10 anos de tentativas de acasalamento sem sucesso, o zoológico vazio de Hong Kong registrou esse ato ocorrendo naturalmente entre um casal de pandas, algo que pode ser vantajoso para a conservação dessa espécie.

Despoluição das águas

A Itália foi um dos países que mais sofreu com a pandemia do coronavírus na Europa. Por isso foi forçada a tomar algumas das mais rígidas medidas de confinamento e distanciamento social para evitar novas mortes ocasionadas pelo COVID-19.

Durante essa fase triste e dramática para o país, algo inusitado aconteceu. Em Veneza, uma de suas cidades turísticas mais bela se mais visitadas, as águas dos canais´, normalmente turvas, ficaram mais límpidas e claras e foi possível observar os peixes que ali habitam.



O que mudará quando o isolamento social não for mais necessário, as pessoas puderem circular novamente e as empresas retomarem suas jornadas de trabalho em tempo integral? Há muitos questionamentos de como o mundo será após essa pandemia.

Cabe a reflexão se tiraremos algum proveito ou aprendizado desse período e se isso mudará significativamente a maneira como lidamos com a natureza. Continuaremos a extrair mais recursos e numa velocidade maior do que o planeta consegue suportar? A sociedade civil, empresas e governo, irão, enfim, tomar medidas efetivas para enfrentar a tragédia anunciada da emergência climática?

Afinal, nós, humanos, dependemos do Meio Ambiente ou o Meio Ambiente depende dos seres humanos?