Header Ads

Qual é a diferença entre chifre e corno?


Chifres, cornos e galhadas, tantos termos para estruturas tão similares, mas será que elas são realmente similares a nível anatômico? De modo geral, esses ornamentos apresentam como funções principais o reconhecimento social, defesa e a competição por fêmeas ou por alimento.

Os chifres são estruturas completamente compostas por ossos e geralmente são ramificados (nesse caso chamados de galhadas, apenas pela aparência, não pela origem), já os cornos são projeções ósseas recobertas por queratina (que é uma proteína sintetizada pelo corpo responsável por formar várias estruturas do nosso corpo, como unhas e cabelos). A queratina presente nos cornos, pode se estender muito além da projeção óssea, ou seja, o osso é “encapado” por essa estrutura.

O corno é uma projeção óssea do osso frontal do crânio envolta por uma camada de queratina, que cresce além da projeção óssea. Por essa razão, ao cortar o corno de uma vaca, o animal não sente dor, pois a porção retirada é de queratina. Os cornos apresentam crescimento contínuo, não são bifurcados e não são trocados durante a vida do animal, ou seja, eles crescem até um tamanho limite e permanecem com o indivíduo até que este morra ou um acidente aconteça e o animal perca a estrutura.

O corno é encontrado em animais como touros, antílopes, bovídeos e girafas. Nas girafas, os cornos são um tanto quanto incomuns, sendo chamados de ossicones. A diferença está no fato de que a projeção óssea não é formada a partir do osso frontal. Além disso, nas girafas, os cornos não são cobertos por queratina, e sim por pele. Outro corno peculiar é encontrado nos rinocerontes, que possuem uma formação completamente composta por queratina.

Os cornos são encontrados tanto em fêmeas como em machos, porém o dos machos costuma ser mais maciço. Outro fator que causa variação é a raça do animal.


Os chifres são estruturas ósseas sólidas, ramificadas e cobertas por uma camada de pele muito vascularizada denominada de veludo. Diferentemente dos cornos, eles costumam ser trocados anualmente. A troca ocorre quando o chifre está “maduro”, havendo a interrupção da circulação no veludo, assim essa estrutura morre e vai saindo dos chifres, deixando o osso exposto. Nesse momento, o chifre cai e outro nasce no lugar, sendo acompanhado por uma nova camada de veludo.

Chifres diferenciados são observados em animais como cervos, renas, e algumas espécies de veados, que possuem diversas ramificações em seus ornamentos, neste caso são chamados de galhada.

Essa estrutura está presente apenas nos machos da maioria dos cervídeos. Contudo, também estão presentes nas fêmeas de renas e de alguns caribus.


Independente da origem da estrutura, possuir cornos ou chifres foi uma grande novidade evolucionária para as espécies de ungulados, que permitiu a exploração de novos nichos, manutenção e desenvolvimento das populações bem como ampliação do sucesso reprodutivo.