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Como um animal é declarado extinto?


Um animal é considerado extinto quando deixa de existir, seja na natureza ou em cativeiro, por causas naturais ou pela ação do homem. Mas, para dizer que uma espécie está em extinção, não basta saber a quantidade geral de indivíduos que existem na natureza.

Essa classificação é mais complexa e feita com base em um critérios rigoroso estabelecido pela IUCN (International Union for Conservation of Nature), entidade que publica a Red List, uma lista de animais e plantas ameaçados no mundo. "A estimativa de risco de extinção não é uma ciência exata", afirma Graig Hilton-Taylor, gerente da Red List no Reino Unido. "Nós nos baseamos no que sabemos sobre a espécie e suas ameaças, usando informações do passado, do presente e projeções para o futuro", explica.



Algumas categorias são usadas por instituições para definir em que estágio está uma espécie animal com relação a sua existência no meio ambiente.

Segundo a IUCN, as espécies podem ser classificadas em oito categorias: extinto, extinto na natureza, criticamente em perigo, em perigo, vulnerável, quase ameaçado, pouco preocupante e deficientes em dados. Se a espécie foi classificada em uma das duas primeiras categorias é considerada extinto, se está entre vulnerável e criticamente em perigo, corre risco de extinção.

Extinto (EX)

Uma espécie é considerada Extinta quando não há mais registro de nenhum indivíduo.

O Rinoceronte Negro Ocidental foi declarado completamente extinto em 2011.

Extinto na natureza (EW)

Uma espécie é considerada extinta na natureza quando é conhecida apenas em cultivo, cativeiro ou como uma população (ou populações) naturalizada fora da sua área de distribuição natural.

Leão de Atlas é uma espécie de Leão extinto na natureza desde do século XX

Criticamente em perigo (CR)

Quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E (explicados a seguir) para Criticamente em Perigo, considera-se que a espécie corre um risco muito alto de extinção na natureza.

Gorila do Ocidente

Em perigo (EN)

Quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E para Em Perigo, considera-se que a espécie está passado por alto um risco de extinção na natureza.

Baleia Azul

Vulnerável (VU)

Uma espécie está Vulnerável quando as melhores evidências disponíveis indicam que se cumpre qualquer um dos critérios A a E para Vulnerável, logo, considera-se que está enfrentando um risco alto de extinção na natureza

Os Ursos Polares estão cada vez mais próximos da extinção, devido ao derretimento das grandes geleiras.

Quase ameaçada (NT)

Uma espécie é considerada quando não se qualifica atualmente como Criticamente em Perigo, Em Perigo ou Vulnerável, mas está próxima de se enquadras nessas qualificações em um futuro próximo.

Pouco preocupante (LC)

Uma espécie é considerada Pouco Preocupante quando os critérios de avaliação não a qualificam como Criticamente em Perigo, Em Perigo, Vulnerável ou Quase Ameaçada.

Deficiente em dados

Quando não há informação adequada para avaliar o risco de extinção da espécie, com base na sua distribuição e/ou estado da população, ela é classificada nessa categoria. Uma espécie nesta categoria pode estar bem estudada e a sua biologia ser bem conhecida, mas faltam dados adequados sobre a sua distribuição e/ou abundância.

Para se chegar a uma dessas categorias, são levados em conta os seguintes critérios: 

A. Redução da população (passada, presente e/ou projetada);
B. Distribuição geográfica restrita e apresentando fragmentação, declínio ou flutuações;
C. População pequena e com fragmentação, declínio ou flutuações;
D. População muito pequena ou distribuição muito restrita;
E. Análise quantitativa de risco de extinção (por exemplo, PVA - Population Viability Analysis).

Com base nesses critérios, desde 1963 a IUCN publica a chamada Lista Vermelha, um dos inventários mais detalhados do mundo sobre o estado de conservação de 45 mil espécies de animais, plantas e fungos. Saiba mais sobre a IUCN

Fonte: GreenMe